PAZ DO MEU AMOR...

 


SAUDADE DE MINHA MÃE E RESPEITO ÀS ORIGENS


Por esses dias, nem sei explicar o porquê, bateu uma saudade enorme de minha mãezinha. Não destas saudades que doem demais, mas aquela lembrança bonita de quem teve o privilégio de nascer do ventre e da alma desta mulher. Embora tenha nascido por estas bandas, nestas paragens, trago em mim a alma do Nordeste. Sou baiano, cearense, paraibano, potiguar, sou feito de retalhos dessa terra ardente e generosa. Se respiro, é porque uma mulher nordestina, corajosa e decidida, escolheu me trazer ao mundo. Tenho orgulho de correr em minhas veias o sangue dessa gente singular, tão batalhadora quanto criativa, que transforma seca em poesia e luta em esperança.  

Minha mãe chegou do Rio Grande do Norte em um pau-de-arara, trazendo no peito o medo do desconhecido e, mais forte ainda, a vontade férrea de vencer, junto com pai, mãe e um tanto de irmãos (uns bem novinhos). Como tantos outros, veio em busca de um futuro melhor. Aqui, encontrou um mineiro simples, de mãos calejadas pelo trabalho, mas com a cabeça sempre nas nuvens, sonhador como só os humildes sabem ser. Juntos, construíram um lar, criaram filhos que, graças a seus exemplos, hoje levam virtudes por onde passam.

Minha mãe foi o ser mais repleto de afeto que esta vida me permitiu conhecer. Carrego muito dela em mim, na voz, nos gestos, no jeito de enfrentar a vida. Na verdade, carrego-a por inteiro dentro de mim, e agradeço a Deus por isso. Pois, como bem sabemos, quem nega sua origem não apenas apaga sua história, mas perde a própria essência, desmerece a própria alma.


FÉ, PERSEVERANÇA E O VIÇO DA ALEGRIA!